Realizar trabalhos de arte a base das experiências existenciais, como transpor as imensidões dolorosas das noites urinadas. Fingir figuras concebidas do desejo e da amargura. Instigações obscurecidas pela lua. Não acredito na pintura agradável. Há algum tempo meu trabalho é como um lugar em que não se pode viver. Uma pintura inóspita e ao mesmo tempo infectada de frinchas para deixar passar as forças e os ratos. Cada vez mais ermo, vou minando a mesma terra carregada de rastros e indícios ásperos dentro de mim, para que as imagens sejam vislumbradas não apenas como um invólucro remoto de tristezas, mas também como excrementos de nosso tempo. Voltar a ser criança ou para um hospital psiquiátrico, tanto faz se meu estômago dói. Ainda não matem os porcos. A pintura precisa estar escarpada no ponto mais afastado desse curral sinistro.

Nelson Magalhães Filho

sábado, 20 de junho de 2009

4 estudos para um perverso devaneio









Nelson Magalhães Filho. PERVERSO DEVANEIO, 2009. Acrílica s/ telas de 30X30 cm



nelson + grupo CORTE + banda pastel de miolos na midialouca do rio vermelho











P.D.M.: Alisson - Alex -Wilson
CORTE: Lima - Gustavo - Cazé - Katherine -Sandro
Convidados:
ELMO "Opus Incertum"
JAIR Mr. GUIMA "DECLINIUM"
SIOUX MACHADO "Jato Invisivel"
Poeta NELSON MAGALHÃES FILHO
Contista: DIOGO COSTA

30 de maio de 2009