Nelson Magalhães Filho. PERVERSO DEVANEIO, 2009. Acrílica s/ telas de 30X30 cm
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Poema
Mais uma história de amor
anjos sobre o recôncavo 2008
ainda resta acender um cigarro,
comer uma cereja
afogueada. é foda
esse palor noturno e belo, e voragem
é o esquecimento que desconsola quando
chove e desta antiga janela
enxergo lá embaixo meus pensamentos ultrapassarem
as ruas encharcadas de receio.
desesperadamente sonho com tuas mãos
ocas e sinuosamente teus seios envoltos
em flores selvagens despedaça minha agonia.
não há mais amor na noite que estronda
sem ninguém lá fora que me acene um adeus
ou um rinoceronte vadio que ronda
meu azedume de cerveja quente
e vinho barato:
pedras incrustadas nas gretas das portas,
um amor sombrio que dos seus beijos felinos
vem os jasmins: desejo é sempre
cálido remorso.
Nelson Magalhães Filho
comer uma cereja
afogueada. é foda
esse palor noturno e belo, e voragem
é o esquecimento que desconsola quando
chove e desta antiga janela
enxergo lá embaixo meus pensamentos ultrapassarem
as ruas encharcadas de receio.
desesperadamente sonho com tuas mãos
ocas e sinuosamente teus seios envoltos
em flores selvagens despedaça minha agonia.
não há mais amor na noite que estronda
sem ninguém lá fora que me acene um adeus
ou um rinoceronte vadio que ronda
meu azedume de cerveja quente
e vinho barato:
pedras incrustadas nas gretas das portas,
um amor sombrio que dos seus beijos felinos
vem os jasmins: desejo é sempre
cálido remorso.
Nelson Magalhães Filho
QUEM SOU EU
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sou de uma raça de cachorro ruim
desassossegado pelo sangue que
brota das noites-incompletudes escorrendo
em angústias esquivas
sou de uma raça de cachorro mau
nauseado pela lua opiada nas
madrugadas latejantes de desejos lascivos
bebendo peçonha tumultuando
os jardins com excrementos perversos.
então escancaro uma
réstia lanosa de lágrima
quando me queimo em tua lua segredada
quando substancialmente o animal
estúpido cura sua compaixão.
Nelson Magalhães Filho
desassossegado pelo sangue que
brota das noites-incompletudes escorrendo
em angústias esquivas
sou de uma raça de cachorro mau
nauseado pela lua opiada nas
madrugadas latejantes de desejos lascivos
bebendo peçonha tumultuando
os jardins com excrementos perversos.
então escancaro uma
réstia lanosa de lágrima
quando me queimo em tua lua segredada
quando substancialmente o animal
estúpido cura sua compaixão.
Nelson Magalhães Filho
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3 comentários:
Ja´estava com saudades daqui!
Buenas, esses estudos são foda, gostei demais, abraço.
P.S.
Zinaldo mandou as fotos de cHico Vermelho, vou enviar para você.
as pinturas estão do caralho!
e a noite do recital foi massa.
buenas!
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