
lua negra diabólica da minha janela
roça tua pele insólita
de areia lambuzada tão soturna
com os morcegos
alheando-se de meu quarto
as feridas já são dentes crivados no corpo
vejo gente navegando na cinzeza
das ruas- gengivas rasgando a língua
língua colada boca-a-boca
as pessoas tão ocultas
em meu corpo lodoso das esperas roídas
lua negra diabólica da minha janela
roça tua pele insólita
não quero morder tua
boca queimando as neblinas
da vaguidão.
Nelson Magalhães filho
2 comentários:
Privei meu blogue por um tempo. Caso queira continuar lendo meu blog, escreva para battrash@gmail.com
Bat Kiss.
Pô, amei!
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